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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Minha Voz!

Minha mãe uma vez me contou sobre as gravidez dela. Ela teve meu primeiro irmão e não teve nenhuma complicação, ocorreu tudo bem. Quando ela ficou grávida de mim passou uns três meses ela foi contagiada por uma doença contagiosa chamada: rubéola, para esclarecer melhor veja do que se trata a doença:

Sintomas
 Fontes: http://www.bio.fiocruz.br/index.php/rubeola-sintomas-transmissao-e-prevencao
"Após um período de incubação, que varia de duas a três semanas, a doença mostra seus primeiros sinais característicos: febre baixa, surgimento de gânglios linfáticos e de manchas rosadas, que se espalham primeiro pelo rosto e depois pelo resto do corpo. A rubéola é comumente confundida com outras doenças, pois sintomas como dores de garganta e de cabeça são comuns a outras infecções, dificultando seu diagnóstico. Apesar de não ser grave, a rubéola é particularmente perigosa na forma congênita. Neste caso, pode deixar sequelas irreversíveis no feto como: glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento, surdez, perda da fala, algum tipo de paralisia e outras doenças ".

 Depois de do diagnóstico dado pelos médicos ela tomou a vacina e ficou sabendo que provavelmente seu bebê não poderia nascer, iria ter sequelas, minha mãe ficou preocupada e persistiu em ter o filho, se ela não fosse cuidadosa e persistente hoje eu Ada não estaria aqui para contar essa história do meu nascimento e dos problemas que minha mãe enfrentou para eu nascer. Depois que eu nasci, surgiu uma complicação eu tinha bons movimentos, andava, mas logo meus pais perceberam que eu tinha muita dificuldade de escutar e de falar, praticamente eu não falava nada quando tinha dois anos de idade. Então foi aí que foi percebido uma pequena sequela da doença rubéola, meu pai procurou o médico e começaram os primeiros tratamentos com medicação e uma pequena reparação na garganta por má formação. Meu pai fazia simpatia para eu falar e escutar, me dava remédios caseiros e fazia treinamento gestual , até que eu consegui falar alguma coisa com muita dificuldade, praticamente eu não abria a boca, não entendia nada.

Depois de algum tempo eu já com uns cinco anos eu falava  melhor, com uma voz bem fina, quase sem voz e escutava bem pouco, mas com a vontade que eu melhorasse e me levando ao médico e tratando me com carinho eu comecei a desenvolver... quando eu já  mocinha me lembro de eu sempre treinar para falar, eu tentava fazer igual aos pássaros cantava e assobiava e nada da voz ficar mais grossa, sempre tive a voz fina,grave e as vezes gritante, isso acontece pelo fato dos problemas que eu tive na voz e na pequena surdez, hoje se uma pessoa falar comigo de costas eu quase não escuto, tenho que ver a pessoa falando para eu conseguir escutar, leio os lábios  para escutar de frente... quando eu falo as vezes as pessoas me imitam, me criticam por eu ter a voz fina, quase sem som, voz baixa e gritante, só que eu falo  por um milagre de Deus e pelo esforço da minha família, se  não fosse o empenho da minha mãe me ter, eu não existiria, porque é raramente ter um filho saudável com rubéola naquela época de 1974, pois os recursos médicos eram para poucos. Por isso eu agradeço a Deus por hoje eu está viva, escutando, conversando, escrevendo, mesmo recebendo as críticas de ter uma voz distorcida, com afazias na voz...Obrigada Deus por minha existência!
Hoje existe fonoaudiologia que trata esses problemas, uns tem jeito outros não e assim eu passo, não conseguir uma voz melhor depois de adulta, porém sou um pouco acanhada para falar, mas um dia espero conseguir não ser a chacota de alguns, que acham engraçado alguém com afazia na voz! Quem sabe, já cheguei até aqui, falo escuto,leio e escrevo, um dia posso desenvolver melhor ou não!

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